quarta-feira, 29 de maio de 2013

Em homenagem ao Telecurso, ministro anuncia parcerias para tempo integral e ensino infantil.

Celebração dos 35 anos do Telecurso , no Espaço Tom Jobim no Jardim Botânico do Rio de Janeiro com a apresentação de Caio Blat, Zezé Motta, Roberta , Zeca Camargo e Antonio Fagundes
Celebração dos 35 anos do Telecurso , no Espaço Tom Jobim no Jardim Botânico do Rio de Janeiro com a apresentação de Caio Blat, Zezé Motta, Roberta , Zeca Camargo e Antonio Fagundes Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
Cássio Bruno,Juliana dal Piva - O Globo
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RIO - O estudante Jadson de Lima Gomes, de 15 anos, sente a diferença que as aulas do Telecurso fizeram em sua vida desde os 12 anos, quando a mãe, Janaína Ramos, acordava-o cedo para verem juntos o programa. Moradores da Rocinha, comunidade pacificada da Zona Sul do Rio, mãe e filho decidiram estudar juntos. De lá até hoje, ela, que sequer tinha terminado o ensino médio, voltou a estudar e se formou. O jovem está no 9º ano do ensino fundamental e já sonha em fazer o curso de Direito:
— Agora minha mãe até está fazendo um cursinho de Inglês. E eu vou fazer Direito. Eu quero combater as injustiças — contou o menino.
Jadson é apenas um dos exemplos dos 35 anos do Telecurso, uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho em parceria com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), comemorados ontem em cerimônia no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, no Rio. O jovem faz parte do projeto Autonomia Carioca, uma das principais ações do Telecurso na cidade.
Em seu discurso, o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, ressaltou que o Telecurso contribuiu para aprimorar a educação no país.
— O Telecurso não é um milagre, mas tem energia e magia que motiva os alunos. Um sistema que reúne todos os méritos. Um trabalho que tem ajudado a mudar a base da educação no Brasil — afirmou José Roberto Marinho.
Ele destacou a importância da democratização de oportunidades que contribuem para uma melhor qualidade de vida. E se emocionou ao lembrar do pai, Roberto Marinho:
— Meu pai deve estar satisfeito. A família vai dar continuidade. Somos empolgados com esse trabalho.
Marcaram presença o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os governadores Sérgio Cabral (Rio), Eduardo Campos (PE), Rosalba Ciarlini (RN) e Omar Aziz (AM), além de secretários estaduais e municipais de Educação.
A gerente-geral de Educação da Fundação Roberto Marinho, Vilma Guimarães, entregou o livro “Incluir para transformar — Metodologia Telessala em cinco movimentos ” ao ministro Mercadante, que elogiou o Telecurso e anunciou parcerias com a Fundação Roberto Marinho. Entre elas, a implementação do projeto em 34 mil escolas de tempo integral para reforçar aulas de Matemática, Português e Ciências.
— São 35 anos mudando a educação brasileira. É um projeto inovador que trouxe uma nova tecnologia pedagógica — afirmou o ministro em discurso. Ele também ressaltou que pretende utilizar o Telecurso na formação de professores de educação infantil para as novas seis mil creches que o governo federal quer entregar até o fim do ano que vem.
Em uma cerimônia alegre, a atriz Roberta Rodrigues e o apresentador Zeca Camargo ouviram educadores, alunos e autoridades. Participaram ainda os atores Caio Blat, Antonio Fagundes e Zezé Motta.
Houve também exibição de alguns trechos de aulas com diversas atrizes e atores da Rede Globo que participaram do Telecurso ao longo desses 35 anos, entre eles Mario Lago.



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/em-homenagem-ao-telecurso-ministro-anuncia-parcerias-para-tempo-integral-ensino-infantil-8519594.html#ixzz2Ui5SC3qa


FONTE: JORNAL EXTRA

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Brasil é o quarto país que mais acessa plataformas de ensino online


Seminário discutiu em São Paulo novas tecnologias na educação.
Procura por aulas ministradas por vídeos de professores explodiu.



O Brasil já é o quarto país que mais acessa plataformas de ensino online. Esta semana, um seminário internacional discutiu em São Paulo o impacto e as possibilidades das novas tecnologias na educação.
Harvard, MIT e Stanford são ilhas de conhecimento, universidades renomadas e acessíveis para poucos. Isso pode mudar. É o que promete a tecnologia a serviço da educação.
O presidente da Edx, Anant Agarwal, veio ao Brasil para o seminário internacional de educação Transformar e diz qual é o diferencial da plataforma. “Os estudantes podem fazer cursos de algumas das melhores universidades do mundo. Cursos grátis de lugares, como por exemplo, de Harvard, de Berkeley, do MIT, e muitas grandes universidades de todo o mundo”, afirma.
A tecnologia pode ser a chave para democratizar a informação, concorda Jose Ferreira, criador da Knewton Adaptive Learning Platform, outro empreendedor da educação online. “A tecnologia hoje permite produzir e enviar conteúdo em vídeos de modo extremamente barato, de modo que podemos disponilbilizar os melhores professores a qualquer um, em qualquer lugar do mundo”, diz.
O ano passado foi o ano dos cursos online. A procura por aulas ministradas por vídeos de professores explodiu, principalmente nos Estados Unidos. Inspiradas nessas experiências internacionais, já surgem iniciativas no Brasil, empresas que nascem com o propósito de usar a tecnologia para a educação. Há mercado para isso.
Há menos de dois meses no ar, o Polinize tem 700 alunos atrás de conteúdo do Ensino Médio.
Os vídeos são inspirados no modelo criado por Salman Kahn, em que o professor dá aula em uma lousa virtual.
Simon Rampazzo, que está no segundo ano do Ensino Médio, é um usuário assíduo. “Nas videoaulas você pode parar, voltar, ver de novo, pode ver até dez vezes, se precisar, até entender”, afirma.

Mais de 60% dos alunos de escola pública têm computador em casa


AGÊNCIA BRASIL - O Globo

RIO - A maioria dos alunos de escolas públicas do país (62%) tem computador em casa, aponta a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Educação 2012, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O número é crescente desde 2010, primeiro ano do levantamento, quando o percentual era 54%. No ano passado, essa proporção entre estudantes da rede pública já tinha avançado para 56%.
A abordagem reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados professores de português e matemática, alunos dos ensinos fundamental e médio, além de coordenadores pedagógicos e diretores.
Também houve avanço do acesso à internet pelo celular entre os alunos de escolas municipais e estaduais: crescimento de 14 pontos percentuais na comparação com 2011, alcançando 44% dos entrevistados. No ensino privado, a proporção de estudantes que acessam internet pelo celular é maior, atingindo 54% dos entrevistados.
Em relação aos professores, a pesquisa mostra que a presença do computador e da internet em casa está próxima da universalização. No último levantamento, o percentual já chegava a 96%. A maioria deles tem o computador como suporte para desenvolver habilidades e usa a internet para manter contatos informais com outros educadores.
O estudo chama a atenção ainda para a necessidade de ampliar políticas públicas de incorporação das tecnologias digitais no ambiente escolar. A sala de aula, por exemplo, ainda não incorporou plenamente o uso dessas ferramentas, apesar de ter aumentado o uso de computadores entre os professores durante as atividades. A prática de ensinar os alunos a usar o computador e a internet – que é feita de forma esporádica – ainda é a atividade escolar em que mais se aplica essas tecnologias.
Do ponto de vista da infraestrutura, as escolas analisadas apresentaram maior presença de computadores portáteis, o que revela uma possibilidade de uso dessas tecnologias para além das tarefas de gestão escolar ou das atividades nos laboratórios de informática. Entre os fatores limitantes para esse uso, no entanto, está a quantidade de equipamentos disponíveis e a velocidade de conexão à rede.



FONTE: JORNAL  EXTRA